Pecaditos - Sexo, Fetiches & Outros Conflitos: Capítulo I - Com o pau na Mão.

Capítulo I - Com o pau na Mão.


   

Sabe quando seu coração palpita forte em desespero quando encontra alguém especial? Ou quando você vê uma possibilidade de um namoro perfeito e quer contar para todas amigas?
 








Quando aquele gatinho da academia abre um sorriso que desmonta seu corpo todo e você não consegue parar de pensar nele? Quando você espera pelo amor da sua vida chegar em um lido cavalo branco,
como em contos de fadas, estende as mãos e te puxa para um final feliz? Então, nunca tive isso! Para ser franca tenho pavor dessa esquisitice do mundo feminino.

 




Acho que amadureci muito rápido, virei mulher muito cedo, tive experiencias antes de todas as minhas poucas amigas, e essa mudança precoce me transformou totalmente.

    Sinceramente já tive um namoradinho, quando completei dezessete anos, encontrei o cara no curso, era do tipo caladão porém muito bonitinho, tinha quase dois metros, mãos grandes ( que ora ou outra escorregava para minha bunda, muito de vez em quando) pele branca e cabelos negros, tinha até uma cicatriz no pescoço que o deixava ligeiramente sexy, mas o relacionamento não rolou mais que sete meses, motivo? Não fodia bem!

       Outra coisa que me faz diferente das outra garotas é essa franqueza, pra mim é assim, se o cara não tem uma pegada boa, do tipo que te prende à parede passa as mãos pela suas pernas, te levanta e coloca tudo para dentro enquanto morde seu pescoço como um vampiro fora de controle, não serve para mim. E sempre conversei sobre transar com as minhas amigas, porém minha linguagem era totalmente diferente da delas, enquanto elas diziam a palavra "pipi" entre as mãos contorcendo-se de vergonha, eu já chamava o pênis de caralho, ou as vezes, pica, conheço por vários nomes, neca, pau, cock e não entendo para que complicar né? Pipi? Francamente!

        E as características de um homem na cama, que citei, não se aplicavam ao Gustavo, tão calminho, as vezes acho que tinha medo de foder, ficava preocupado enquanto metia, até me perguntava se não tinha perigo de engravidar, (nas raras vezes que transamos sem camisinha), eu não acho bacana transar sem preservativo com um cara que acabo de conhecer, mas quando já se está ha um bom tempo com o cara, a intimidade fica melhor sem a "capinha". E no último mês de pegação o cara me vem com frescura de não  transar no carro. Foi o fim da picada, para explicar melhor a situação, foi mais ou menos assim:

 Um dia antes fui até ao sex shop no centro e me empaturrei de paradinhas interessantes, comprei uma calcinha comestível, alguns preservativos de sabores variados e uma pomadinha com efeito gelado, já se faziam quatro dias que não transávamos e eu já estava subindo pelas paredes de vontade, me arrumei toda, passei loção até no bumbum, perfume da linha sexy (que comprei por catálogo) e esperei que ele viesse me buscar de carro. Com atraso de aproximadamente trinta minutos ele chegara, já amarrei a cara enquanto deixava a porta da minha casa, entrei no carro e já super estressada disse:

 -Hoje ou você me fode igual homem ou vai andar!

 Abruptamente vi a mesma cara de pamonha de sempre, assustado, mas que droga! Ele deveria juntar meus cabelos me puxar para perto e dizer com uma voz bem sexy no meu ouvido:

 - Te prepara gata, porque hoje você vai gozar dez vezes!

 Mas não, ele ligou o carro e saiu devagar pelas ruas, um silêncio desgraçado no interior do carro e ele lá parado, resolvi fazer alguma coisa para ver se o clima esquentava, tirei meu casaquinho e deixei à mostra a alça do meu sutiã de oncinha por baixo da regatinha justa, brinquei com os cabelo e o palermão lá, olhando para frente, como pode? Suspirei tentando me conter e tentei outra tática, desci minha mão para as pernas dele bem devagar enquanto o arranhava com as unhas, fui subindo até chegar no pênis, comecei a fazer uma massagem de leve para ver se o sentia ficar ereto, mas nada aconteceu, nem uma contraçãozinha se quer. Fiquei irritada pra valer e pedi para que ele parasse o carro que eu iria descer, mas ele não fez nada, apenas continuou andando enquanto dizia lentamente:

 -Mas que fogo, garota! Sossega!

 Fogo? Eu? Gente, fazia tanto tempo que não sentia uma penetração decente e quando da para sentir o cara me faz ficar esperando por mais tempo, e ainda me chama de safada, que desaforo!

- Então vamos para algum motel! -Sugeri.

 - E se alguém nos ver?

 Paciência!

 -E se verem? Estamos cometendo algum crime? Somos um casal homossexual não assumido que tem que ficar escondendo de todos?

 - Não acho uma boa ideia!

 Mas que droga!

 - Etão vá para qualquer lugar sem movimento, e pelo amor de Deus, senta nessa porcaria de banco traseiro e tira esse caralho para fora que eu quero transar!

 Com muito custo o Gustavo estacionou o carro em um estacionamento vazio e nós fomos para o banco traseiro, devagar como sempre ele foi descendo o shorts de tac-tel e nem sequer tinha um volume que prestasse, tirei minha calça e fiquei só como sutiã de oncinha, ele tirou a camiseta e ficou apenas de cueca ( pelo menos a cueca era interessante, era da Louis Vuitton, totalmente falsa, mas era de bom gosto) Então começamos a nos beijar enquanto minha mão descia do peito dele para o pênis, que até que enfim começava a dar sinal de vida, com a pouca paciência que me restara, segurei as mãos dele enquanto nos beijávamos, e as coloquei na minha bunda, mas o desgraçado não arranhou, nem apertou forte nem droga nenhuma, ficou lá como um paspalho do mesmo modo que eu deixei! Explodi!

 -Olha Gustavo! - Comecei tentando não tremer a voz - Se você for gay, tudo bem, a gente termina e não conto pra ninguém...

 -Não sou gay!

 -Então me fode direito!

 -Mas para que tanta pressa, está parecendo uma vadia desse jeito!

 Oi? Já mudei totalmente o semblante e quando finalmente o pênis dele ficou duro a raiva era maior.
 Comecei a colocar minhas roupas enquanto eu dizia entre respiração raivosa:

 -Vadia? Só porque gosto de sexo violento? Ou só porque gosto muito de transar? Seu brocha! Por que me deu uma aliança de compromisso se for pra ficar me chamando de vadia?

 -Eu achei que você ia gostar!

 -Quando seu pênis está dentro da minha vagina, você puxa meu cabelo ou me da uns tabefes na bunda e diz isso é uma coisa, quando você parece estar me evitando e com essa pica mais mole que gelatina, não tem graça nenhuma chamar uma garota de puta!

 -Volte aqui! Onde você vai?

 -Para bem longe de você!

 Bati a porta do carro e sai em disparada, olhei mais uma vez para trás e lá estava ele, ainda com a mão no pau e com a mesma cara de palerma, não sabia se eu estava com mais raiva de ele ter me xingado ou de não ter me fodido, mas enfurecida peguei o celular e liguei para meu affair, um moreno, alto que eu conheci em um bar, a gente tinha uns trelelês de vez em quando,paramos porque comecei a namorar.
 O celular chamou três vezes e logo ouvi a voz sensual que ele tinha:

 - Sarah? Quem é vivo aparece, gatinha!

 Cumprimentamos e em seguida perguntei:

 - O que está fazendo agora?

 Ele respondeu com a voz empastada de safadeza:

 - Onde te busco?

 Disse um ponto de referência e entrei no jogo:

 -Traga preservativos e algumas cervejas!

 E fiquei esperando em um ponto de ônibus até que o carro do Edgar apontou no lado extremo da rua. Ele estacionou e abaixou o vidro do lado direito, logo vi a cara de safado do meu peguete-piriguete:

 -Entra aí gatinha, estou de atraso e quero acabar com eles!

 Entrei no carro e mandei que seguisse rumo ao motel...



[Continua]

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