Deixei o meu celular
sobre a tampa do vaso sanitário, bem visível, e audível, e fui tomar um
banho. Tinha convidado Lola e Tia D’alma
para vir em casa, só assim eu esqueceria Álvaro e seu olhar a La Orlando Bloom.
E minutos depois eu já estava trocada e pronta para receber minhas amigas.
E mais tarde o
interfone tocou, atendi perguntando quem era. Uma voz amplificada por natureza
respondeu:
- Quem você acha que
é, minha filha? A Nany People? Somos nós!
Tia D’alma gritara la
de baixo, tão alto que nem precisei de interfone para ouvi-la, ouvi pela
janela:
- E abra logo essa
porcaria de porta porque estou de salto quinze, querida, tá uó isso aqui!
Sempre gostei muito
de Tia D’alma, que além de ser barraqueira, gritadeira, sem eira nem beira era
muito querida. Calçava quarenta e quatro, mas tinha áureas cem por cento
feminina. Era uma tia de quase trinta e
seis, já havia sido campeã de bate cabelo em mil e novecentos e guaraná com
rolha, encarou a rua e a prostituição desde nova. Mas mantinha um alto astral
incrível.
Lola era o apelido
da Lourrane, minha amiga desde o colégio, era uma jovem perdida e drogada, mas
tinha uma boa alma a coitada. Seus pais eram ricos, mas ela fazia a linha "rebelde sem causa". Vivia um pouco na minha casa, um pouco na casa
dos pais e outro na casa dos peguetes-piriguetes. Uma loucura! Sempre fomos
muito unidas, não apenas Lola e eu, mas nós três.
E confesso que
sentia muita falta daquela situação, nós três bebendo martinis em taças como se
fôssemos Lindsay, Paris e Britney. Ou quem sabe, Leighton, Blake e Taylor?
Rimos a tarde toda. Relembrando fatos do passado e gafes que havíamos cometido
juntas.
Tia D’alma que era
muito vivida, notou que eu não desgrudava do meu celular, e logo mandou a real:
- Vadiazinha da tia!
Seja boazinha e me conte quem está esperando ligar?
De início resolvi
negar, mas olhei bem para minhas amigas e lembrei que nelas eu poderia confiar,
então mandei a real para tia também:
- Um guri que conheci
esses dias, nada demais.
- AI. MEU. DEUS! –
Bradou Lola entre suspiros de dor, com as mãos nos peitos como se estivesse
tendo um colapso – Olha a cara dela!
- Não acredito que se
apaixonou, sua... – Pausa de Tia D’alma – Sua pirralha mal criada dos infernos!
Lola gargalhou com
vontade em seguida disse:
- Eu não acredito!
- Lola, pega a vara
de marmelo pra titia, por favor?
Soltei uma gargalhada
com gosto, me lembrei de quando fomos passar as férias em São Paulo, juntamos
dinheiro o ano todo para alugar o Hilton Morumbi, Tia D’alma conta que fez o
vintão, o famoso “Hoje eu não vou dar, eu vou distribuir” na marechal! E quando
estávamos bêbadas, fizemos um pacto que viveríamos para sempre sem nos
apaixonar.
Depois de darmos
muitas risadas e tomar mais alguns drinks de dry Martini, Tia D’alma me olhou
séria e disse:
- Caia fora disso, minha filha. Caia fora enquanto pode.
- Escute ela! – Disse
Lola enquanto se levantava cambeteando na tentativa de ir ao banheiro.
- Eu sei que é uma
fria! – expliquei – Mas não estou apaixonada, é só uma pegação de leve, se eu
notar que a coisa tá ficando séria eu caio fora.
Tia D’alma cerrou os
olhos e em seguida sorriu:
- Você quem sabe. Mas
passa a garrafa pra cá e me conta se pelo menos o bofinho é bom de cama!
Gargalhei enquanto
tentava equilibrar minha taça.
- Se é! Além de tudo
ele é bem carinhoso e sexy! Tipo o Justin Bieber nos clipes!
- Só se você for a
ativa nesse caso né “queriuda”?
Gargalhei:
- Escuta a tia, se
for tipo Justin Bieber tu cai fora agora mesmo! E se estiver esperando um
carinha tipo o próprio, se enforca ou pula daquela janela, em que mundo você
vive? Eu hem! Eu falando de Johnnys Depp e Timberlakes e essa putinha falando
de Justins Biebers. Loláaa se ta batendo uma aí dentro ou ta morta mesmo?
Logo Lola voltou com
os olhos vermelhos, havia acabado de vomitar, voltava com um pacotinho de pó
branco, tia D’alma ficou louca:
- Você não vai fazer
isto, não é?
- É só um tiro, não
da nada!
- Lola! – Comecei –
Você sabe onde isto vai te levar!
- Desencana gente –
Disse ela guardando na bolsa o pacotinho – Não vai dar nada!
Desencanamos, embora
soubéssemos que Lola era fixada em cocaína, sabíamos que ela era bem
controlada. Falamos muito de sexo, de putarias e do nosso passado, nem vi a
hora passar, foi um dia incrível ao lado das minhas melhores.
Após um brinde de
amizade elas foram para suas casas, combinamos de sair no final de semana.
Quando o sono já tinha batido na minha porta coloquei meu pijama e procurei meu
celular para ir para a cama. Desliguei a luz e me aconcheguei sob o cobertor,
acendi a luz do celular e quase caí de costas, no visor constavam:
4 ligações perdidas, de Álvaro.
E
uma mensagem de texto:
Se não quiser me atender, não me importo. Só
achei que iríamos nos ver hoje. Ate mais.
Meu
mundo desmoronou, tipo a carreira do Charlie Sheen após a saída de Dois
homens e meio. E agora?
Não
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